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Dias após a polícia italiana ter desmantelado uma estrutura terrorista de extrema-esquerda, ligada às Brigadas Vermelhas, eis que um tribunal alemão autorizou a liberatação de Brigitte Mohnhaupt, no próximo dia 26 de Março. Militante do “Rote Armee Fraktion” (Facção do Exército Vermelho), Mohnhaupt havia sido condenada em 1983 a cinco penas de prisão perpétua pela sua participação em diversos raptos e homicídios. A sua libertação está envolta em grande polémica visto os familiares das vitimas considerarem que ela não interiorizou os crimes cometidos e por Mohnhaupt ter declarado recentemente que o arrependimento "não faz parte das nosssas categorias no espaço político e perante a nossa luta."

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Quinze pessoas suspeitas de pertencerem a um grupo terrorista de extrema-esquerda, da área das antigas Brigadas Vermelhas, foram detidas esta segunda-feira no âmbito de uma vasta operação policial, anunciou o Ministério do Interior italiano.
As 15 pessoas foram detidas no norte de Itália, nas cidades de Milão, Pádua, Turim e Trieste, adiantou a mesma fonte. São acusados de «associação terrorista e de participação em grupo armado».
Faziam parte, segundo a acusação, de uma estrutura organizada e efectuavam ainda treino de tiro.
Em comunicado, o ministro do Interior, Giuliano Amato, considerou que as autoridades conseguiram «provavelmente impedir um atentado», sem adiantar outros pormenores. «Durante meses, estas pessoas foram objecto de escutas telefónicas e foram seguidas, o que nos permitiu recolher provas suficientes para a sua detenção. Era uma organização estruturada e muito perigosa, mas os nossos homens intervieram antes de os suspeitos causarem danos sérios», acrescentou Amato. «A operação de hoje testemunha a presença em Itália de focos brigadistas [alusão ao grupo Brigadas Vermelhas, fundado em 1973] ainda não eliminados. A organização que desmantelámos não é a última, sabemos isso. É um êxito importante no quadro de uma actividade antiterrorista que prossegue», concluiu.

(via Diário Digital / Lusa)

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